O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) criou o Comitê de Gestão de Políticas Públicas e Internas de Proteção à Mulher Bombeiro Militar. O grupo tem o objetivo de formular diretrizes para desenvolver políticas para garantir os direitos do efetivo feminino e acompanhar denúncias relativas à discriminação de gênero ocorrida no âmbito da corporação, sendo responsável ainda por tomar as providências necessárias em caso de alguma ocorrência.
– O CBMERJ é um dos pioneiros a ter mulheres nos seus quadros e, hoje, registra o maior em números de militares femininas em atuação. O ingresso de efetivo feminino em todos os níveis da administração trouxe a necessidade de mudanças e adaptações em nossa corporação. Com as mulheres ocupando cada vez mais espaços nos quartéis, que antes eram ambientes tradicionalmente masculinos, se tornaram necessárias ações efetivas para sua inserção que vão desde a estrutura física à gestão de políticas de classe e gênero na instituição – declarou o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral, coronel Leandro Monteiro.
Entre as funções do comitê está prestar assessoria e aconselhar os órgãos competentes e o comandante-geral nas questões do público interno feminino, estimular o estudo e o debate da condição da mulher bombeiro, orientar os militares e agir na prevenção dos casos de assédio e de violência doméstica, requerer o cumprimento da legislação que assegura os direitos da mulher e desenvolver projetos voltados à valorização do seu trabalho, estimulando e apontando melhorias das condições de trabalho feminino no CBMERJ.
Segundo a major Patrícia Leal, integrante do comitê, a iniciativa é essencial para incentivar a discussão aberta das relações de gênero na corporação, considerando que ainda há peculiaridades que demandam uma atenção diferenciada.
– A Constituição Federal de 1988 assegura que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações” e defende o pluralismo. Com a formação do comitê, nosso objetivo é dar uma proteção institucional à mulher, promovendo a prevenção interna, com definição de processos e mecanismos de proteção, desenvolvendo projetos voltados à sua valorização e investindo em melhorias das condições de trabalho – afirmou a oficial.